Cadeia de abastecimento elege desafios que serão enfrentados de forma conjunta

Inédito no Brasil, fórum promovido pela ABRAS formou coalizão multisetorial, que trabalhará para avançar em importantes demandas sociais, econômicas e corporativas 

Produzir mais com sustentabilidade ambiental e social foi apresentado como o grande desafio do setor agropecuário pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento. Realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na última quinta-feira (17), o fórum virtual discutiu temas referentes a práticas ambientais, sociais e de governança (sigla ESG, em inglês) na cadeia de abastecimento.

“A agricultura brasileira, em sua grande parte, é sustentável. Temos no Brasil uma agricultura diferente do restante do mundo, somos um dos pouco países que consegue produzir duas vezes na mesma área, até três com irrigação. Temos o desafio de continuar a produzir cada vez mais, mas de maneira sustentável, alimentando a população brasileira e exportando o excedente”, declarou a ministra.

A produção nacional é responsável pela alimentação de 212 milhões de brasileiros e tem na agricultura familiar parcela expressiva do atendimento ao mercado interno. “É preciso ampliar a participação dos pequenos e médios produtores na principal cadeia de abastecimento para que cheguem com mais eficiência aos pontos de comercialização, gerando renda e emprego a essas famílias”, frisou Tereza Cristina.

Ainda participaram das discussões representantes da cadeia de abastecimento e autoridades do Governo Federal, como os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, João Roma.

Os desafios da Cadeia de Abastecimento

O presidente do Conselho Diretor da Andav, Alberto Yoshida e o presidente  executivo, Paulo Tiburcio, representaram a Distribuição de Insumos Agropecuários durante os debates propostos pelo Fórum.

“Nós tratamos pautas muito importantes para toda nossa Cadeia de Abastecimento, mas eu sinto falta de abordarmos conhecimento, educação e comunicação. Nós que trabalhamos diretamente na produção de alimentos na parte agropecuária, observamos que o Brasil não comunica sobre tudo que nós produzimos e como nós respeitamos o ambiente” compartilhou o presidente executivo da Andav, Paulo Tiburcio, durante o painel que debatia a origem e importância do ESG.

Na sequência, 15 entidades de representação, entre elas Andav, compartilharam suas visões e propostas para o fortalecimento das práticas de ESG no País e, ao final, lideranças de importantes cadeias produtivas e de elos que integram a cadeia de abastecimento definiram cinco grandes desafios para centrarem esforços conjuntos nos próximos meses, com vistas a obterem progressos nestas pautas. São elas:

1 – Redução de custos

2- Fomentar o consumo consciente

3 – Reduzir o desperdício de alimentos

4 – Lutar contra a fome

5 – Ampliar o nível de conhecimento dos profissionais das cadeias em torno dos pilares da sustentabilidade.

 Todas essas pautas estão alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustável da ONU.

“O agronegócio brasileiro é um setor extremamente regulamentado, e através das tecnologias, hoje somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo.” Declarou o presidente do Conselho Diretor da Andav, Alberto Yoshida, em sua exposição no painel sobre o Posicionamento Institucional da Cadeia de Abastecimento para ESG.

O presidente da ABRAS, João Galassi, destacou a interdependência dos elos da cadeia nacional de abastecimento. “Por meio desta iniciativa, criamos um ambiente de alto nível, para que de forma colaborativa, organizada e inovadora possamos envolver todos os atores da cadeia na criação de maior impacto econômico, social e ambiental, a partir de altos níveis de governança. Foi por esta razão, que elegemos como tema central da primeira edição do fórum a agenda ESG”, esclareceu o presidente da entidade.

Com informações da Redação SuperHiper e Mapa

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